Íbis-sagrada

A íbis-sagrada possui a cabeça e o pescoço sem penas, cobertos por pele negra. A cauda e as pontas das asas têm penas pretas. O seu bico é mais largo do que o de outras espécies de íbis e é preto e curvado para baixo. Os juvenis apresentam penas acinzentadas da cabeça à base do pescoço, que vão perdendo até aos 2 anos de idade.

É uma ave migratória, que apenas se desloca dentro do continente africano. É também uma espécie gregária que procura alimento durante o dia em bandos de 2 a 20 indivíduos. Na época de reprodução formam colónias de até milhares de casais, onde nidificam (fazem ninho) em árvores ou no solo junto a fontes de água, por vezes em conjunto com outras espécies de aves aquáticas. A íbis-sagrada é considerada uma ave silenciosa, emitindo apenas sons na época de reprodução.

A sua população encontra-se estável, contando com cerca de 20000 a 45000 aves adultas. No entanto, é ameaçada pela caça e pela perturbação causada pelo turismo nos locais de nidificação. A íbis-sagrada é também suscetível ao botulismo aviário, pelo que pode ser ameaçada por surtos desta doença. Considerada uma espécie sagrada no Antigo Egito, está hoje extinta no país. Contudo, é considerada uma espécie invasora em vários países da Europa, onde foi introduzida pelo Homem.