Flamingo-pequeno

O flamingo-pequeno é a mais pequena das seis espécies de flamingo conhecidas, mas mantém todas as características das outras: pernas altas que lhes permitem andar em águas mais profundas, pescoço comprido para alcançar alimento debaixo de água e um bico curvo que lhes permite filtrar os alimentos no fundo. A sua plumagem é maioritariamente cor-de-rosa claro.
Os machos são ligeiramente maiores do que as fêmeas.

Esta espécie é gregária e vive em grandes bandos, que podem ir de dezenas de indivíduos a milhares.
Após vários meses de vida no mesmo lago, movimentam-se em grandes bandos devido às condições adversas.
Para se alimentarem, bombeiam continuamente a água através de movimentos repetidos com a língua, sugando a água carregada de alimento e forçando-a a passar pelos lados do bico, onde centenas de pequenas lamelas filtram os organismos de que se alimentam.

Durante a época de reprodução, muitos casais monogâmicos (com apenas um parceiro sexual) reúnem-se em colónias ruidosas e colocam o seu único ovo num ninho de lama elevado, que é incubado durante cerca de 28 dias.
Contudo, podem não fazer posturas todos os anos e a época de cria pode ser diferente cada ano, mas mesmo assim, nidificam no mesmo local. Após 70 a 75 dias de vida as crias fazem o seu primeiro voo.
Atingem a maturidade sexual aos seis anos de vida.

A degradação dos habitats dos flamingos, causada pelo Homem, devido à desflorestação, à agricultura, à drenagem, à poluição e à indústria está a contribuir para o declínio da população em estado selvagem. A caça, o comércio ilegal e a recolha de ovos também representam ameaças para a espécie.
Está a ser desenvolvido um plano de gestão para alguns locais importantes para a espécie, como lagos onde ocorre a nidificação. As comunidades também estão a ser sensibilizadas para a conservação dos flamingos-pequenos. Atualmente, alguns dos objetivos de conservação passam por manter a população e a área de distribuição atual da espécie e promover o aumento dessa mesma área. Outros esforços incluem a prevenção da caça, a dissuasão dos predadores e a redução das colisões com linhas elétricas nos seus habitats naturais.