Gazela-dama

É a maior e a mais alta de todas as gazelas. Têm pernas longas e um pescoço comprido. São de cor castanha e branca e possuem uma mancha branca característica a meio do pescoço. As crias, quando nascem, possuem uma coloração uniforme adamascada durante o primeiro mês de vida.
Os cornos são encontrados em ambos os sexos, geralmente maiores e mais grossos em machos.

As Gazelas-dama são animais sociais que vivem em haréns formados por um único macho dominante adulto e muitas fêmeas, à volta de 21 indivíduos.
São animais migratórios sazonais. Eles viajam para o norte do Saara durante a estação chuvosa (e podem reunir-se em grupos de centenas), e recuam para o Sahel durante a estação seca.
Acredita-se que os machos são territoriais durante a época de reprodução. Marcam o seu território com defecação, urinação e glândulas olfativas. Os machos usam os seus chifres para efetuar ameaças para mostrar a sua força.

A Gazela-dama era uma espécie abundante, mas o número diminuiu drasticamente desde as décadas de 1950 e 1960. A população continua a diminuir, e o número existente na natureza hoje é de 100 a 200, sendo um dos antílopes mais raros do mundo. As principais ameaças nesta espécie são a caça excessiva (por nómadas, militares e outros), a perda e degradação do seu habitat devido à pressão de pasto dos animais domésticos, o aumento das temperaturas e a expansão das condições do deserto.
Três das seis populações selvagens existentes ocorrem em áreas protegidas: Ouadi Rimé-Ouadi Achim (Chade), Aïr-Ténéré N.R. e TermitTin Toumma N.R (Níger). No entanto os dois primeiros sofreram de agitação militar, afectando a sua conservação.